Dicas de cultivo de orquídeas – parte I

Imagem cedida por Daiane Zordan (colecionadora) Jaguaré-ES
Quem não se encanta com a beleza das orquídeas? Além de embelezar o ambiente as orquídeas proporcionam uma sensação de bem estar tornando o ambiente mais harmonioso e aconchegante. 

 A maioria das espécies nativas de orquídea é epífita, quer dizer que cresce nas árvores, sem, roubar delas quaisquer nutrientes, isto porque ao contrário do que muitas pessoas pensam as raízes são usadas apenas para fixar a planta no caule das árvores.

Para quem vai iniciar um cultivo é importante que se dê preferência a espécies adaptadas a sua região. Outro detalhe importante é que como as orquídeas florescem apenas uma ou duas vezes por ano, é interessante possuir várias espécies diferentes (cujo ciclo de floração costuma ser também diferente). Isso aumenta as chances de ter sempre alguma planta florida, ao longo do ano.

Veja alguns cuidados importantes...

Umidade: Mantenha o vaso úmido, jamais encharcado. É mais fácil matar uma orquídea por excesso do que por falta d’água. Molhe abundantemente duas ou três vezes por semana, deixando a água escorrer totalmente. Nos outros dias, basta vaporizar as folhas de manhã cedo ou no final da tarde, quando a planta não estiver sob o sol.  Não colocar pratinho com água debaixo do vaso, pois as raízes poderão apodrecer (lembre-se também que o acúmulo de águas favorece a reprodução do mosquito da dengue). 

Luminosidade: Instale suas plantas em locais onde elas possam ser banhadas pelo sol no horário da manhã (até às 9 horas) ou no final da tarde (depois das 16 horas). Se a planta não tomar sol, ela não vai florescer. As orquídeas podem ser fixadas também no tronco de árvores, desde que estas não tenham uma sombra muito densa, o problema é que, quando florescerem, elas não poderão ser levadas para dentro de casa. Aliás, é recomendável manter os vasos, o máximo possível, na mesma posição e local.

Ventilação: As orquídeas necessitam de locais arejados. Evitar, porém, a ventilação muito forte.

Adubação: Utilize um desses adubos foliares (líquidos) que se encontram na seção de jardinagem de lojas e supermercados. Adicionar algumas gotas à água com que será feita a vaporização, no caso de usar pequenos pulverizadores. Procure molhar, sobretudo a parte inferior das folhas de sua orquídea, pois é aí que se encontram os estômatos, que absorvem água e nutrientes.

Pragas e doenças: Se as plantas forem cultivadas de uma forma adequada, elas estarão mais resistentes a pragas e doenças. Se não houver excesso de umidade, por exemplo, dificilmente os fungos irão atacar. No entanto, um dos grandes inimigos de nossas orquídeas são as cochonilhas. Esses pequenos organismos sugam a seiva da planta e podem matá-la se não forem combatidos, por isso é bom estar atento... Quem possui poucas plantas pode catá-los, um a um, antes que se propaguem. No caso de uma coleção maior, haverá necessidade de apelar para os defensivos. Dê preferência às fórmulas naturais, pois os produtos químicos industrializados costumam ser tão prejudiciais às plantas quanto a quem as cultiva. É recomendável consultar uma pessoa que tenha experiência com produtos naturais, na dúvida procure um (a) Engenheiro (a) Agrônomo (a).

 Anote o nome da espécie de sua orquídea numa plaqueta. Também é interessante atribuir-lhe um código (numérico ou alfanumérico, como queira), para facilitar a identificação no caso de uma coleção de médio ou grande porte e desenvolva igualmente o hábito de anotar a data da floração de cada planta. Se ela não voltar a florescer na mesma época, no ano seguinte, isto pode ser um sinal de alerta: talvez ela esteja com algum problema. Examine, então, as condições de irrigação, luminosidade, ventilação…


IMPORTANTE!!!!!


Não colete ou adquira plantas oriundas das matas, pois as orquídeas já foram bastante dilapidadas pelos mateiros e colecionadores gananciosos. Procure adquiri-las de empresas idôneas produtoras de mudas.  

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